A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema Pallidum. A infecção pode permanecer assintomática ou apresentar sintomas discretos, por isso muitas vezes não é possível perceber a doença no organismo.
Há três tipos de sífilis: A sífilis adquirida é transmitida de uma pessoa para a outra predominantemente por via sexual, através do sexo sem preservativo. A sífilis em gestantes acontece quando é detectada durante a gestação e neste caso, o tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível, a fim de prevenir a transmissão vertical, ou seja, passar a doença para o bebê. A parceria sexual também precisa ser testada e tratada para evitar a reinfecção. Já a sífilis congênita acontece quando a mãe infectada passa a doença para a criança durante a gestação ou o parto e pode causar aborto espontâneo, parto prematuro, má-formação do feto, surdez, cegueira, deficiência mental, morte ao nascer e outras complicações.
A principal forma de prevenção da sífilis é o uso do preservativo em todas as relações sexuais (anal, oral e vaginal), seja ele masculino ou feminino. É muito importante realizar a testagem e o tratamento de forma correta. Procure uma Unidade Básica de Saúde e faça o teste rápido de sífilis – com resultado em 30 minutos. Existe tratamento para a Sífilis e também tem cura. O tratamento está disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS). É preciso realizar o tratamento adequadamente e também avaliar o parceiro para garantir a saúde de todos e evitar a recontaminação, pois a sífilis pode causar complicações graves.
No período analisado, foram diagnosticados no município de Conceição das Alagoas – MG, 37 casos de Sífilis, que passamos a analisar, sendo 20 Sífilis Adquirida, 12 Sífilis em Gestante e 5 Sífilis Congênita. Sífilis Adquirida: Houve predominância de diagnóstico em indivíduos do sexo masculino e na faixa etária de 20 a 29 anos, seguida de 30 a39 anos, demonstrando que a população jovem é a mais acometida pela doença. Sífilis em Gestante: A totalidade de casos diagnosticados realizou os exames no primeiro trimestre de gestação, o que proporciona o tratamento adequado e o menor índice de Sífilis Congênita.
Os dados demonstrados nesta análise de perfil epidemiológico demonstram que a Sífilis é uma doença que está presente na nossa comunidade, acometendo jovens, gestantes e nascituros, o que reforça a necessidade das orientações permanentes de proporcionar o diagnóstico precoce da doença e reforçar as orientações sobre medidas preventivas, principalmente no que diz respeito ao uso de preservativo (masculino ou feminino) em todas as relações sexuais.
A testagem rápida e a distribuição de preservativos acontece em todas as Unidades Básicas de Saúde e o acompanhamento das gestantes diagnosticadas, bem como de seus parceiros, é garantida, assim como o acesso ao exame VDRL para titulação da doença e o acesso ao tratamento gratuito.
INFORME EPIDEMIOLÓGICO DE SÍFILIS
Período: 01/07/2022 a 30/06/2023
Subsecretaria de Vigilância em Saúde
Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica
Elaboração: Márcia Bessa de Oliveria Martins – Subsecretária de Vigilância em Saúde
Débora Oliveira Botta – Referência Técnica em Epidemiologia
Guilherme Antonio da Costa – Referência Técnica SINAN
Produzido em: 05 de dezembro de 2023